Os Pneus

Pneu é uma das coisas mais difíceis de se escolher numa bike. Além de existir centenas milhares de modelos, é meio Fórmula 1: o que serve para um tipo de terreno não serve para outro.

Com mais cravos, com menos cravos, largos, estreitos, dobrável, de arame, maior rolagem, melhor aderência, bom para lama, bom para cascalho… é complicado.

Nesse post, então vamos esclarecer o básico para você escolher o melhor pneu para o tipo de terreno onde você pedala mais frequentemente.

Primeiramente, o tipo de pneu utilizado em Mountain Bikes é o Clincher, onde um ressalto (talão) no pneu encaixa em flanges no aro. Esse ressalto (em inglês, bead), pode ser em arame ou kevlar.

Corte de pneu clincher com câmara: 1-Aro 2-Fita do aro 3-Lateral do Aro (área de frenagem em Vbrakes) 4-Talão(Bead) 5-Câmara de ar 6-Parede 7-Banda de rodagem

Com ou sem câmara?

O pneu pode ser com ou sem câmara (sem câmara = tubeless). O pneu tubeless tem duas vantagens no mountain biking: primeiro, tende a ser um pouco mais leve; segundo, com ele você pode usar pressões muito baixas sem haver o que chamamos de snake bit, um furo ocasionada na câmara de ar quando esta, por estar o pneu com uma pressão muito baixa, se desloca e fica entre o pneu e o aro. As pressões baixas são utilizadas porque aumentam o contato com o solo, proporcionando assim máxima tração.

O tipo de válvula

Seja o pneu com câmara ou tubeless, será necessária uma válvula para calibrá-lo. A válvula pde ser do tipo Schrader (idêntica às usadas em pneus de automóveis), chamada comumente de “Pito Grosso”, ou do tipo Presta, a famosa “Pito Fino”.

Válvulas Presta e Schrader

Ambas as válvulas permitem a entrada ou saída do ar pressionando-se um pino que se sobressai no seu interior (veja animação abaixo).

Ao ser pressionado, o pino permite a entrada ou saída de ar.

Essencialmente não há grande diferença na eficiência de um ou outro modelo. Em pneus tubeless, a Presta é mais comum, e essa tem a vantagem de exigir um menor furo no aro, o que pode melhorar a resistência do mesmo. Em tese a calibragem com a Presta é mais precisa, mas isso é um detalhe completamente irrelevante em Mountain Biking.

Embora a maioria das bombas manuais disponíveis funcione automaticamente em ambos os tipos de válvula, um adaptador é necessário se você for usar uma bomba compatível apenas com válvulas Schrader em uma válvula Presta. Outra coisa, que li em um post do usuário Voodoo, no Pedal.com.br, e faz todo sentido: Evite calibrar seu pneu em postos de gasolina. A bomba de posto é desenhada para altos volumes de ar, então se você colocar lá 45 libras assim que conectar a mangueira na válvula a bomba enviará uma tremenda quantidade de ar para encher o pneu e chegar nessa pressão, podendo ocorrer então uma explosão do pneu da bike.

Adaptador para calibrar uma válvula Presta numa bomba comum

Os tamanhos

Primeiro, o pneu tem uma numeração ao lado, tipo 26 x 2.1. O que isso significa?

Bom, o tamanho do pneu de uma mountain bike é expresso como o diâmetro da roda, em polegadas, pela largura maior pneus. Portanto 26 x 2.1 significa que o pneu tem 26 polegadas de diâmetro e 2.1 polegadas de largura.

Em tese, os pneus não precisam ser idênticos na dianteira e na traseira, sendo comum pneus específicos para as duas rodas. Mesmo pneus de modelos ou larguras diferentes podem ser usados, dependendo do tipo de uso que o ciclista fará.

Largura dos pneus

Quanto à largura dos pneus, o segredo é encontrar a ideal para as suas condições. O site da Maxxis faz uma análise genérica sobre as larguras mais comuns disponíveis e o uso sugerido:

26 x 1.8: Este pneu de baixo volume é projetado para uso em lama.

26 x 1.9: Este pneu de baixo volume será leve, mas ainda exige alta pressão. Usado por pilotos leves ou em aplicações de corrida.

26 x 2.0 / 2.1: Estes tamanhos têm sido o padrão para cross-country, proporcionando um grande compromisso entre baixo peso e grande área de contato para aumentar a tração.

26 x 2.25 / 2.35: Este tamanho está se tornando o padrão “all mountain” dos pneus. Ele funciona bem para andar num XC agressivo, provas em montanha ou para qualquer viagem épica que possa exigir longas subidas e descidas técnicas e rápidas.

26 x 2.5 / 2.7: Usado em downhill. A área de contato grande oferece excelente tração, e o alto volume de ar ajuda no amortecimento, trabalhando em conjunto com a suspensão. Esta tecnologia diminui a probabilidade de furos em terreno extremamente ásperos quando em altas velocidades.

Kevlar x Arame

As laterais dos pneus de bicicleta, tipicamente, são em arame. De algum tempo para cá, foram desenvolvidos os pneus com laterais em Kevlar, o que retira aproximadamente 70g de peso em cada pneu, e permite – diferentemente de pneus com laterais de arame –  que eles sejam armazenados dobrados, o que lhes rendeu a denominação “foldable” (dobrável).

O que são TPIs?

TPI significa Threads Per Inch, ou seja, fios por polegada. Ele define o número de segmentos contidos em um centímetro da carcaça do pneu. Quanto menor o número de TPI, maiores será o calibre dos fios. Assim, o pneu se torna mais durável . Quanto maior o TPI, mais leve, mais flexível e menos resistência à rolagem terá o pneu,  mas ele será menos resistente e mais suscetível a furos e rasgos. A maioria dos pneus utilizados em MTB são 60 TPI, sendo os de  120 TPI utilizados principalmente em competições ou por quem tem preocupação com a performance.

A dureza

Como pneus para automobilismo, pneus de bikes também possuem diferentes compostos de borracha, medidos por um aparelho chamado durômetro.

Por exemplo, a linha eXCeption Series da Maxxis com índice 62a é mais duro do que a linha Maxxis Super Tacky, que é 42a. Essa diferença também pode ser sentida com a mão quando se aplica pressão na banda de rodagem de um pneu. A Dureza é apenas uma dentre muitas das propriedades dos compostos, podendo fornecer uma orientação geral sobre o desempenho do composto, mas não podendo ser considerado um indicador preciso do desempenho do pneu. Por exemplo, o composto mais duro terá tipicamente desgaste menor da banda de rodagem e melhor rolagem, enquanto que o composto mais macio irá proporcionar máxima tração. No entanto, outras propriedades, como tamanho dos cravos e resistência a rasgos são também importantes. Assim, a dureza do composto é apenas parte da equação do pneu. O composto do pneu, sua composição química, desenho da banda de rodagem, design de cravos e desgaste dos pneus são fatores que afetam o desempenho. Diferentes áreas, tais como aderência, durabilidade e eficiência de rolamento são otimizados em cada composto. Então, e´importante considerar todas as variáveis ao selecionar um pneu.

Pneus “Dual-compound” (de composto duplo) apresentam uma banda de rodagem relativamente rígida para menor desgaste, com uma formulação mais suave, de maior aderência nas laterais. A intenção é proporcionar melhor tração nas curvas, sem comprometer a vida útil do pneu.

A banda de rodagem

Bom, levando em consideração que você decidiu se seu pneu será tubeless ou com câmara, a dureza, se será dobrável ou não, se será um pneu de kevlar ou arame, com quantos TPI e qual o tipo de válvula, chegamos a uma questão quase filosófica: o desenho da banda de rodagem.

Pneus de perfil mais redondo, com cravos mais unidos e baixos proporcionam rolagem melhor em estradões, dando maior velocidade em terrenos desse tipo, como o Maxxis Crossmark, Ignitor ou Ranchero, ou os Schwalbe Nobby Nic ou Racing Ralph. Mas não dão certo para  lama.

Maxxis Crossmark
Maxxis Ignitor
Maxxis Ranchero
Schwalbe Nobby Nic
Schwalbe Racing Ralph

Se você quiser algo levíssimo, pode tentar o Schwalbe Rocket Ron ou o Furious Fred (esse é quase um semi-slick), mas são pneus para estradões, sem cascalho ou trechos técnicos (o famoso speed com poeira) e que furam com facilidade. São recomendados, pela própria Schwalbe, apenas para provas. O MaxxLite 285 é outro só indicado para provas (pesa 285g – a média de peso de um pneu é 550 – 600g), com performance similar ao Rocket Ron. Observe os cravos extrememente baixos.

Schwalbe Rocket Ron
Schwalbe Furious Fred
Maxxis MaxxLite

O Larsent TT é um pneu que se diz bom para qualquer terreno, devido aos cravos pequenos e espaçados, mas não tem essa rolagem assim tão boa, nem agarra bem em curvas devido aos cravos laterais muito pequenos. Por outro lado, seu composto é mais macio (em alguns modelos), e o formato angulado dos cravos centrais garante ótima aderência em trechos técnicos mais lentos como pisos de pedra molhada.

Maxxis Larsen TT

Outro pneu que se pretende para todo terreno é o Continental Race King. Mas os cravos baixinhos dele, embora deem uma boa rolagem são a certeza de pouca aderência. Contudo, pelo seu desenho bem aberto, podem ser uma boa opção para lama.

Continental Race King

Pneus com cravos maiores e mais separados, como o Maxxis High Roller, proporcionam ótima tração em terenos com areia solta e rolam super bem em estradões, agarrando bem em curvas por causa dos cravos laterais grandes. O Monorail (também Maxxis), com cravos pequenos e rampados no centro são bons em areia solta e terrenos mais ásperos como cascalho solto.

Maxxis HighRoller

O Continental Explorer tem cravos maiores na lateral, que dão uma melhor aderência nas curvas, mesmo em pisos solto como cascalho.

Continental Explorer

 Obviamente esse é só um indicativo. Quem pedala com seriedade (e tem grana), costuma testar, analisar o desempenho e ter mais de um tipo de pneu, dependendo do terreno escolhido. Não confie 100%, lembro sempre, em conversa de vendedor – é importante testar você mesmo. Passei muitos perrengues com vendedores tentando me vender qualquer coisa que tinham, até que fui muito bem orientado pelo David, da Rapanui, depois de explicar para ele como era meu pedal, e o tipo de terreno predominante, em comprar meu High Roller XC. Quem pedala de verdade e principalmente, participa de competições, em geral pode orientar melhor. Isso não é uma propaganda – apenas um reconhecimento honesto.
No fim das contas, faça a sua escolha e fique de olho nos nossos reviews de pneus que estão por vir.

Esse post tem como fonte de informações técnicas o site da Maxxis.


Dicas para pneus com selante (Tubeless ou com câmara)

Não é bom deixar a bike encostada com a válvula para baixo, pois por gravidade o selante desce e pode entupir o bico.

Caso a câmara (ou o pneu, no caso de tubeless), por alguma razão, esvazie, evite enchê-la usando cartuchos de CO2. A Própria Joe’s explica que o CO2 dos cartuchos ressecará o selante bem rápido, anulando sua eficiência, e recomenda esta solução apenas para casos emergenciais. Avisa, ainda, que o CO2 injetado deverá ser substituído por ar atmosférico o mais rápido possível.

Mesmo sabendo que você esteve imune a furos, de quando em vez é bom esvaziar o pneu e re-encher, para liberar o bico e mexer tanto no selante como na câmara (contrair e expandir as paredes para não deixar o selante secar e corromper a câmara).

Como tudo na vida, o selante tem validade, e a câmara com selante terá uma vida útil menor. para evitar problemas longe de casa, uma vez a cada 6 ou 12 meses (no máximo!) eu trocaria a câmara com selante por uma nova.

Não sendo um método infalível, manda o bom senso carregar uma câmara de emergência com bomba. Não custa nada.


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30 comentários em “Os Pneus

  1. Parabéns a todos os envolvidos com o excelente trabalho nesta página. Já aprendi muito com tudo o que li por aqui. Sou novato no ciclismo e tem sido muito bom aprender com todo esse material divulgado por vocês. Comecei com a modalidade speed, mas vi que aqui onde moro não há muita opção para essa modalidade. Finalmente comprei uma mountain biking e desde janeiro estou praticando. Moro em Iguape – SP (Litoral Sul – Vale do Ribeira – Maior reserva da Mata Atlântica) e por aqui tem muitos morros, praias, estradas de terra, etc. Tem sido muito bom pedalar… e com o conhecimento adquirido com vocês está sendo cada vez melhor. Minha bike é uma Giant XTC HB3. Está agora com um grupo Shimano Deore SLX Dyna-sis e com freios v-brake Deore LX ainda. Se continuar no ciclismo pretendo chegar no XTR. Apenas os cubos são XTR por enquanto. Se algum dia vierem pedalar por aqui, estarei a disposição para dar um apoio, caso seja necessário. Muito obrigado por tudo.

    1. Legal, Rubens! Também tenho uma Giant XTC – a minha é a Team – Com SLX/XT e suspensão Rock Shox Recon Silver Solo Air, que por sinal estou vendendo baratinho :-).
      Acho a XTC HB3 linda, e com os ups que você quer fazer ela vai ficar perfeita.
      A título de sugestão, eu pegaria um grupo XT Dyna-Sys ao invés do XTR. Acho a relação custo-benefício bem melhor (acho o XTR muito caro, e a performance do XT – que tenho na minha Specialized Camber – é excelente, sem defeitos, mesmo).
      Obrigado pelo convite, quando for por aí lhe procurarei, mesmo!
      Grande abraço,
      Paulo

      1. Valeu Paulo. Eu ia colocar o XT Dyna-Sys, mas quando solicitei o grupo por escrito copiei e colei os dados do grupo SLX Dyna-Sys por engano… =) Só me toquei disso quando as peças chegaram. Não quis trocar e resolvi experimentar esse. E posso dizer, pelo pouco que já utilizei que, para quem conhece pouco é difícil crer que haja outros grupos melhores ainda do que este. Enfim, por enquanto ficarei com o SLX e futuramente troco pelo XT ou XTR. Provavelmente pelo XT, porque você tem razão, o XTR é muito caro para quem não é profissional. Mas que dá vontade de usar apenas peças top dá…rs
        Espero que consiga um bom negócio na sua bike. Um dia ainda terei uma Specialized também… =)
        Qualquer coisa, estarei à disposição. Forte abraço. Rubens

  2. Parabéns, Paulo, muito boa sua matéria!
    O que vc me diz de trocar meus kenda nevegal 1.95 pelos cst downhill 2.35?
    Lembrando que eu ja tenho os cst,e que é para usar no Big Biker em itanhandú,será que vale a pena? Abraços!

    1. Opa Alan, valeu o elogio. Olha só, em relação à troca dos pneus fica difícil eu opinar porque não sei como serão as condições do Big Biker.
      Em todo caso, pela época do ano, acho provável ter chuva, e chuva=lama. Assim, acho os Navegal 1.95 um pouco fininhos demais. Não vai dar muita tração, acho.
      Não sou especialista em pneus, mas acho o desenho dos dois similar, e que se dão bem na lama, pelo espaçamento entre os cravos. Minha opinião é que o CST é melhor, porque vai dar mais tração por ser mais largo.
      Então, eu trocaria. Mas é melhor perguntar a mais alguém. Porque você não abre um tópico no http://www.pedal.com.br e pergunta a galera lá? Com certeza eles podem ajudar bem mais do que eu.
      Abraços e continue seguindo o blog! Ah, e boa sorte no BB!

      1. Valeu Paulo! Meu medo é que os kenda me deem problemas durante a prova, ja os CST são mais pesados mas furam menos, então acho que vou com eles mesmo!
        Abraços!

    1. Valeu, Renato. Os pneus (e a sua escolha) fazem parte de um universo vasto e complicado do mountain bike. O post serve para dar uma idéia, um começo, mas é importante experimentar e trocar idéias com outros bikers. Só assim a gente chega na escolha correta para aquele terreno e aquela condição. Grande abraço, participe da nossa promoção!

  3. Parabens Pelo blog!

    mesmo estando perfeita a materia, ainda fiquei com algumas duvidas, eu tenho uma caloi two niner 2012, e gostaria de estar trocando os pneus, ando muito em asfalto, raramente uma estrada de chão, antes nas 26 eu usava o pneu pirelli BM-60 , pois o slick eu achava meio escorregadio quando pegava asfalto molhado, e areia em asfalto e paralelepipedos . Mas como os 29 são mais largos fico na duvida se o slick tb ficaria escorregadio, nessas ocasioes, ficaria? ou se uso mesmo um pneu misto(mas para slick), Vc poderia me indicar qual modelo comprar? a medida 29 x 2.5 é equivalente a 700 x 25 ? quais seriam as outras medidas que eu poderia estar utiizando no mesmo aro? e preciso tb trocar as camaras?

    obrigado e + 1 vez Parabens!!!

    1. Oi Robson. Aros 29 tem a mesma circunferência dos aros 700, mas são mais largos, e assim, nem todo pneu dá certo. Em geral, aceitam pneus com pelo menos 35mm de largura (1.5).

      Segundo o excelente blog http://www.29er.com.br, “as bikes aro 29 são assim classificadas pelo fato do diâmetro externo de um pneu de MTB perfil 2.0 polegadas montado em um aro com a mesma circunferência dos 700C de estrada resultar numa medida próxima a 740mm, que se convertidos, são as ditas 29 polegadas”.

      Um pneu 29×2.5 é um pneuzão, tem 2.5 polegadas (62mm). Um 700×25 tem apenas uma polegada de largura (25mm).

      Em aros 29 você pode usar pneus 700/35, 38 ou 40, tanto de ciclocros como slick. Em relação às câmaras, é provável que você possa mantê-las.

      Nunca usei (pedalo de 26, só em trilhas), mas já li que os Kenda 700/38 tem desenho meio híbrido e aguentam até pequenas trilhas, além de rodarem muito bem no asfalto.

      1. Valeu!

        Coloquei os pneus TUONO SERFAS 700×38 e ficou perfeito! Precisei mudar as camaras também, aproveitei e coloquei fita anti-furo!

        Agora é só arrumar um tempo pra dar uma boa pedalada, VALEU mesmo!!!

        1. Opa, Robson! Que bom que os toques de um ciclista de 26 – depois de muita pesqusia, hehe – deram certo. Fico feliz em ter ajudado!
          Em relação às fitas anti-furo, devem ajudar bastante, até porque você pedala mais em asfalto, mas se começar a ter problemas com isso considere os pneus Tubeless (https://dalamaaocaosbike.wordpress.com/2012/05/19/porque-tubeless/) ou pelo menos usar selante (https://dalamaaocaosbike.wordpress.com/2011/07/10/selante-joes-no-flats-yellow-gel-review-atualizado-18092011/). Abração!

  4. Ví seu post e tive uma dúvida, os pneus da minha bike são Ignitor (Maxxis).Uso eles em todo todo tipo de terreno, mas, qual o momento ideal para trocá-los e o que me diz do Maxxis Medusa? (Ví que os mesmos são bons para lama, mas será que no geral também?)

    1. Pois é, Alexandre, você tem razão – o Ignitor é um pneu pra todo terreno, o que não é o caso do Medusa, pra lama mesmo. Eu não trocaria um pelo outro. Se o Ignitor está funcionando, eu trocaria por um igual. Se for para mudar, mantendo o mesmo uso (pneu para condições variadas) sugeriria o Maxxis High Roller ou o Continental Race King.
      A hora de trocar? Ah, é quando os cravos estão se acabando, simples assim. Sua sensibilidade vai lhe dizer a hora certa (eu acho melhor pecar pelo excesso). Rachaduras nas laterais também são um sinal de que o pneu já era.
      Ah, e considere transformá-los em tubeless (se já não for).

  5. Prezado, tenho uma Soul SL 900 aro 29 com pneus Maxxis Ardent 2,25 na dianteira e Maxxis Crossmark 2,1 na traseira. Como os pneus ainda estão novos, são de custo elevado, e eu pedalo a maior parte do tempo em asfalto, pretendo utilizar um outro jogo específico para asfalto. Para privilegiar o conforto e a segurança estou pensando em comprar o pneu Continental Cruise Contact 700×50 (850g) ou Contact II 700×47 (740g). Estes pneus se encaixam bem em um aro 29 ? Qual você considera a melhor opção ? O custo é muito próximo …

    1. O pessoal de 29″ que quer um slick em geral usa pneus 700 x 38 (seria um 1.5), dá uma rolagem melhor. 700 x 47 ainda não vi ninguém usar. É um pneu mais largo, Equivaleria a um 1,85. Em princípio daria certo, apenas a rolagem não seria tão boa.
      Mesma coisa em relação ao 50 (seria um 1.95).
      Só não recomendo ir para trilhas com eles.
      Os pneus 700 encaixam, sim, em aros 29″

  6. Fala Paulão! blz!? pra variar me ajuda aqui com uma duvida….
    Seguinte… uso o pneu WTB Prowler SL 29 x 2.1 100% no asfalto. Resumindo… pedalei 400km e o traseiro simplesmente derreteu!. Como estou pedalando 100% no asfalto pensei em usar o Kenda 700x38c. Só que no fim do ano irei pegar uns estradoes de terra… dá pra usar esse pneu!? Indica algum para uso misto sem gastar muito!?
    Um Abração!

    1. Oi Bruno! Alguns pneus tem o composto mais macio, e assim vão embora rapidinho no asfalto. Uso o Maxxis High Roller, por exemplo, e cada vez que pedalo em asfalto me dá uma dor no coração e no bolso.
      Não conheço esse Kenda. Acho que no site tem como você ver o composto, procura aí e manda o link que a gente analisa.
      Por outro lado, eu sugeriria algo diferente: um semi-slick mais durinho e mais fino para asfalto e um de trilha mesmo. Assim, você troca quando for pedalar mais em trilhas. Os pedais serão muito mais eficientes e você vai ficar craque em trocar pneu. Ah! compre uma bomba de pé, também, rsrsrs.
      Tem um comentário, em algum lugar, sobre pneus semi-slicks para aro 29. Procura aí!

  7. Uso pneu 700×38 na minha caloi 29r, mas estou tendo problemas com a câmara, não estou conseguindo maior que 700×20, ela fica muito fina ao calibrar e qualquer pancada mais forte ela estoura, quais outros tamanhos de câmara consigo usar neste pneu ?

  8. Da Lama ao Caos, sempre referência ! Parabéns pelo excelente post !

  9. Tenho uma MTB aro 26 com os pneus Rubena Zephyros 2.1, mas uso nos estradões (30%) e asfalto (70%). Até que gostei dos Rubena, apesar de ver muitas críticas sobre, comigo foi super bom, rodei 4.ooo km entre terra asfalto. O problema agora é a troca dos pneus. Minha região é arenosa e este pneu Rubena tem cravinhos baixos e poucos espaçados. Pra condições secas vai muito bem mas quando chove, lascou tudo. O pneu fica uma massaroca, de 2.1 passa a 2.5 slick… kkkk. Preciso de um pneu que rode bem nos areiões e seja mais “auto limpante” nas condições umidas molhadas (OBS: não estamos falando de barro extremo). Pesquisei muito os Maxxis, pois tem muitas opções e cheguei no righ roller ou advantage, ambos 2.1, mas não acho pra comprar na minha cidade. Acabei comprando o maxxis Mobster 2.1 Kevlar. A hr que montei o pneu assustei pelo volume dos cravos. acho que vai travar muito a rolagem (não sei se é pq estou acostumado com cravos baixos e agora ja estão carecas, esta parecendo um trator). Pergunta… sera que eu fiz uma boa compra pelas condições de terreno da minha região?? Ja ate desmontei os pneus e entrei em contato com a loja pra fazer uma troca, mas eles tem o WTB NANO 2.1 Kevlar (nunca ouvi falar dessa marca) e Maxxis Monorail 2.1 arame banda leve (mas acho que este tb não seria uma boa pedida) A questão asfalto ja esta resolvida, to pegando o maxxis Detonator 1.5. ME AJUDEM POR FAVOR…

    1. Evandro, questão difícil, essa. Pneu já é uma coisa complicada de se escolher para mtb, porque o mix de terrenos é grande, e obviamente para cada terreno há um modelo mais adequado.
      O Rubena Zephyros me parece um semi-slick – ou quase, tipo o Furious Fred Schwalbe, e eu não os usaria em trilhas. Seriam para estradões em boas condições, e nessa situação a rolagem deles é imbatível. Não dá para obter rolagem semelhante com um pneu para XC, com cravos maiores.
      O que podemos fazer é comprar um que funcione melhor para as condições predominantes de pedal (no seu caso, asfalto). Como um pneu de asfalto – no caos o Detonator 1.5 – não vai funcionar para mtb, e como sua região é arenosa com lama nas chuvas, minha escolha primária seria mesmo o High Roller. Um detalhe em relação a esse pneu é que ele gasta muito rápido quando usado em asfalto, então, não seria o caso para usá-lo nessas condições; você teria que colocá-los quando fosse para as trilhas.
      O Mobster, realmente tem uns cravões. Nunca os usei, mas meu palpite é que ele vai cavar muito na areia, e numa lama mais pegajosa ela vai grudar na matriz entre os quatro cravos do meio da banda de rodagem, embora entre um grupo de quatro cravos e outro haja um espaço razoável, que pode permanecer limpo. Isso, como disse é só um palpite, só testando mesmo.
      Também não conheço o Nano, mas vendo fotos dele, parece ter cravos mais baixos e que grudem menos lama. Parece ter pouca aderência, também, então cuidado em curvas rápidas. Mas não posso falar nada da borracha ou durabilidade.
      Então, se fosse eu, trocaria o Mobster por High Roller (encontrei para vender no Mercado Livre). Observe que é a minha opinião – pode ser que não dê certo com a sua região e tipo de condução.
      Abração e depois escreva contando no que deu essa história. Curta a nossa FanPage e fique ligado nas novidades, ok? http://www.facebook.com/pages/Da-Lama-ao-Caos/333903203299235.

  10. Primeiramente parabéns pelo excelente blog.

    Minha bike atual veio Kenda John Tomac SmallBlock8 2.1/1.95.

    A impressão que eu tenho destes pneus é que são velozes e rolam muitíssimo bem porém já deixou a desejar numa situação. Certa vez em uma subida muito inclinada e terreno muito irregular acabei caindo pois o pneu traseiro perdeu aderência e rodou escorregando no terreno e eu fiquei. Por outro lado pego muita estrada de barro onde o pneu se sai muito bem. Quando pego pista este pneu gruda como nenhum outro.

    O que acha deste pneu? Venho pegando trilhas com muitas subidas dificílimas alguma indicação?

    1. Oi Antônio!
      Acho que esses pneus com cravos baixos e juntos, tipo o Kenda Smallblock, Maxxis Larsen Mimo e TT não funcionam muito bem em subidas técnicas (principalmente com pedras ou cascalho), embora tenham mesmo excelente rolagem. É verdade que a técnica, principalmente no que diz respeito ao posicionamento do corpo, conta muito, mas um pneu com cravos mais espaçados, como o Continental X-King, Mountain King ou algo do tipo deve melhorar a tração, principalmente se for UST (tubeless) e você usar uma calibragem mais baixa.
      Curta a nossa FanPage e fique ligado nas novidades, ok? http://www.facebook.com/pages/Da-Lama-ao-Caos/333903203299235. Abraços!

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